9.2.07

Pot-pourri






Lulla e a primeira-drama diante da prioridade dele na presidência.





Leio na Folha que a educação do Brasil teve uma piora drástica no ensino médio e fundamental. Nada mais coerente num país que elegeu, e recentemente reelegeu presidente da República um apedeuta. Alguém imagina um povo de Primeiro Mundo, ultra-democrático, socialista até, escolhendo para chefe de Estado um semi-analfabeto? Os franceses aplaudem o Lulla, mas nunca elegeram um ignorante presidente ou premiê. Idiotas sim, ignorantes não. A ironia disso é que o Lulla, como brilhantemente observou Carlos Vereza, é uma invenção da USP, da UNICAMP e das comunidades eclesiais de base.


G




A exibição do documentário A Verdade sobre o Opus Dei pelo The History Channel (por que não pode chamar-se aqui Canal de História, como em Portugal?) levou-me à constatação de que sigilo em movimentos religiosos transforma-os em seitas aos olhos do público. Os templários e os jesuítas, em suas épocas de expansão, sofreram as mesmas calúnias hoje lançadas contra os discípulos de São Josemaría Escrivá: conciliábulos secretos, enriquecimento suspeito, manipulação de governos, aliciamento de fiéis. Nada de novo sob a chuva, como diriam os ingleses.


G


A feiosa porém atlética Franka Potente faz jus ao nome e sobrenome em Corra Lola Corra, talvez o melhor do cinema alemão contemporâneo. É ela mesma que corre durante o filme inteiro, nada de dublês nem cenas reaproveitadas.

Fico assistindo a filmes reprisados enquanto não entra em cartaz Satori Uso, o documentário do meu amigo Grota sobre o esquivo poeta japonês que viveu no Brasil na década de 50 e foi amigo de Jack Kerouac. O fato de ele nunca ter existido é um detalhe mesquinho. As pessoas que mais vale a pena conhecer nunca existiram.