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Não tenho pachorra para conferir a pletora de dados e números fornecidos na obra, mas confesso que minha fé na exatidão do autor foi levemente abalada por ele não ter, a julgar pela bibliografia, consultado uma fonte primária sequer – isto é, documentos originais, ao invés de outros livros que citam esses documentos – e também por ter errado feio ao parafrasear Chateaubriand, que definiu Napoleão como “o mais poderoso sopro de vida que já animou o barro humano”, e não como “o mais poderoso sopro de vida que já tinha passado pela face da Terra”, conforme citou Laurentino na página 44. Tampouco entendi o uso de “George III” ao invés de “Jorge III”, uma vez que a obra está, ao menos oficialmente, redigida em português. E o “benções” da página 146, juntamente com os muitos outros erros de ortografia e gramática ao longo das mais de 400 páginas, não me surpreenderam de todo, familiarizado que já estou com a péssima qualidade da Editora Planeta no que tange a revisão de texto e traduções.
Mas são bagatelas, admito, e essa pequena obra-prima do jornalismo histórico bem merece ser adotada por escolas de ensino médio do país.